Oliveira do Hospital viveu hoje o seu “segundo momento de esperança”, nas palavras do presidente do Município, com o arranque do processo de vacinação da Covid-19 a pessoas com mais de 80 anos.
Instalado num espaço cedido pelos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, o centro de vacinação recebeu hoje os primeiros utentes, a maioria na faixa dos 90 anos e alguns mesmo com mais de 100 anos, que vieram receber a primeira dose da vacina da Covid-19 e com ela, a primeira injeção de esperança na luta contra esta pandemia que tem vitimado sobretudo a população mais idosa.
Entre o dia de hoje e amanhã, a equipa do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, coordenada pelo enfermeiro Mário Carlos, espera vacinar 160 pessoas, num total de 1800 referenciadas no concelho. Um número que mesmo assim fica aquém da capacidade instalada neste centro de vacinação que está preparado para administrar na ordem das 160/200 vacinas por dia. “Isso é a nossa capacidade de resposta, mas estamos sempre dependentes da quantidade de vacinas que nos fornecerem”, referiu o enfermeiro, que aproveita para tranquilizar as pessoas de que “ninguém vai ficar para trás”.
“Todas as vacinas que vierem serão administradas em tempo útil, as pessoas devem aguardar serenamente, não estarem preocupadas com o telemóvel, se receberem mensagem peçam ajuda a alguém para os ajudar a responder, mas os que não conseguirem, estão os centros de dia, as juntas de freguesia, está toda uma estrutura montada na comunidade a ajudar para que ninguém fique para trás”, pediu o enfermeiro coordenador da vacinação covid-19 no concelho, lembrando que “se não for num dia, é noutro, o objetivo é no final dos prazos termos as pessoas todas vacinadas”.
Quanto ao tempo que o processo pode demorar, aquele profissional do Centro de Saúde adianta apenas que este é “um processo lento”, tendo em conta, sobretudo, a faixa etária que estão a vacinar. Também a delegada de saúde, Guiomar Sarmento, preveniu a população de que este é um processo que se antevê “longo” não só pela faixa etária em questão, mas pelo atraso que poderá marcar a chegada das vacinas, nas próximas semanas, ao país. A responsável pela saúde pública no concelho oliveirense entende que, nesta altura, não vale a pena as pessoas estarem “cheias de pressa”, porque “não nos vamos livrar disto mesmo com a vacina”.
“Vamos ter a doença entre nós na mesma, o que vamos ter , se formos infetados, é sintomas mais ligeiros e vamos sobreviver”, afirmou, esta manhã, de visita ao centro de vacinação, onde apelou aos cuidados no transporte das pessoas idosas, avisando que deve ser feito preferencialmente com familiares e não em grupos, para evitar eventuais contágios.
Agradecendo a todos os profissionais envolvidos na montagem deste centro de vacinação, desde as equipas da Câmara Municipal, do Centro de Saúde e dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, o autarca oliveirense, José Carlos Alexandrino, aproveitou também para tranquilizar a população de que “ninguém ficará para trás” neste processo, deixando ainda a garantia de assegurar os transportes, de forma individualizada, a todos aqueles que não tenham meios para se deslocar até ao centro de vacinação.
Para o autarca, o dia de hoje marca “o segundo momento de esperança” no concelho, a seguir a um primeiro momento que se iniciou com a vacinação nas estruturas residenciais para idosos e profissionais da saúde, e que está praticamente concluído. “Vão seguir-se com certeza muitos mais dias de esperança, com outras pessoas de outras idades a serem abrangidas”, concluiu o edil.