Academia sénior nasce em Tábua

Projeto pretende ser contributo para quebrar isolamento e solidão dos mais velhos.

É mais um projeto a pensar nas pessoas e na sua qualidade de vida. Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Mário Loureiro, se referiu à academia sénior que se prepara para abrir portas a partir de janeiro na vila tabuense, envolvendo cerca de 40 alunos com idades superior a “meio século” e ainda 17 professores.

Ano novo significa, por isso, vida nova também para estes seniores que vão frequentar a nova universidade sénior, representando, de resto, a concretização de um velho sonho destes tabuenses que, sendo muitos deles aposentados, se recusam a “calçar as pantufas e a estar no sofá”. “Este é um dia de festa pela concretização de um sonho: a abertura de uma instituição vocacionada não só para o ensino não formal, mas acima de tudo para a ocupação e sociabilização de todos aqueles com mais de meio século de vida”, afirmou o diretor pedagógico da academia sénior de Tábua, Arménio Coimbra, entendendo que a abertura deste projeto abre também uma nova esperança aos mais velhos, sobretudo “numa sociedade como a nossa que promove a solidão e o isolamento quando estes ainda têm tanto para partilhar do seu conhecimento com os mais novos”.

Com 17 docentes distribuídos por 12 disciplinas, a academia sénior de Tábua prepara-se para arrancar com cerca de 40 discentes, a maioria do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 56 e os 82 anos. Um número que a direção quer ainda ver aumentado até ao arranque das aulas, no dia 6 de janeiro de 2014, apelando às pessoas para “não deixarem de ser ativas” e não se deixarem tomar pela solidão. “A academia tem tudo para ser um sucesso”, considerou Arménio Coimbra, ao mesmo tempo que agradecia à Câmara Municipal de Tábua todo o empenho que colocou neste projeto.

Um projeto que nasce na área social e que, segundo a vereadora Ana Paula Neves, tem como grande objetivo “chamar as pessoas mais velhas a ocupar os seus tempos livres”. “Aquilo que propomos não é mais do que um envelhecimento ativo, em que as pessoas possam ter as suas cabeças ocupadas” e não só, porque também vai haver algumas “cadeiras” para “abanar o corpo”, como é o caso das danças de salão.

Também o presidente da Câmara de Tábua não tem dúvidas que se trata de mais uma experiência “de grande nível” que visa dar mais qualidade de vida às pessoas, em particular aos mais velhos. “Prometemos na última campanha eleitoral que iriamos apostar seriamente nas pessoas e é isso que estamos a fazer”, referiu Mário Loureiro, para quem esta universidade sénior é uma forma de manter os tabuenses ativos, pelo conhecimento que proporciona, mas também pela mobilidade, porque “se nos sentarmos muitas horas no sofá a seguir ainda ficamos pior”. Destina-se essencialmente a todos aqueles que “têm vontade de ter uma vida melhor, de conviver e mostrar aos mais jovens que o seu passado também lhes deu muitos ensinamentos”, garante o autarca, que considera ter todos os equipamentos e condições em Tábua para acolher mais este projeto “ambicioso”, que se pretende possa também “projetar”, nesta área, o concelho.

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