Autarquia disponibiliza meios para proprietários fazerem queimadas controladas

Com o objetivo de reduzir o risco de incêndio no concelho.

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, com a colaboração dos bombeiros, está a disponibilizar, pela primeira vez este ano, um conjunto de meios para ajudar os proprietários privados a fazerem queimadas de forma controlada.

A liderar a lista de concelhos do distrito de Coimbra com maior número de ocorrências de incêndio em 2013, uma boa parte causada por negligência (mais de 30%), a autarquia de Oliveira do Hospital decidiu avançar com esta medida “preventiva” de apoio aos proprietários de terrenos agrícolas e florestais, com o objetivo de reduzir o número de ignições e por consequência de área ardida, sobretudo na época crítica de incêndios. “Pela primeira vez tem havido um conjunto de requerimentos na Câmara Municipal o que demonstra claramente que as pessoas, neste momento, começam a ter informação que podem pedir o licenciamento na Câmara para fazerem as suas queimadas, que nós mandamos os Bombeiros e assumimos as despesas”, afirmava o presidente do Município, José Carlos Alexandrino, no decorrer de mais uma ação de reflorestação de uma área ardida no concelho, mais concretamente na freguesia de Avô, que contou com a participação de largas dezenas alunos da escola do primeiro ciclo de Oliveira do Hospital.

“Isto é uma forma de evitarmos alguns incêndios, porque tivemos ainda o ano passado dois grandes incêndios no concelho e outros mais pequenos, com prejuízos incalculáveis”, recordou o edil, que garante ter uma “grande confiança” no dispositivo de prevenção e combate instalado no concelho, ainda que entenda que, em termos de vigilância, as próprias forças de segurança podem fazer mais. “Precisamos que a GNR durante o verão, já que a Câmara Municipal reforça as equipas de intervenção permanente, colocando mais três equipas – duas nos Bombeiros de Oliveira e uma em Lagares de vigia às nossas florestas – possa circular mais, porque sabemos que é um elemento dissuasor de quem pratica esse crime de destruição da nossa floresta”, apelou Alexandrino, apostado em prevenir para não ter que “remediar” males maiores como aqueles que já sucederam no passado, com incêndios a atingir grandes dimensões, pondo em risco as próprias pessoas e bens. “Nós traçamos alguns objetivos no nosso plano municipal de defesa da floresta contra incêndios, achando que pode haver aqui também uma perspetiva diferente de ajuda às pessoas, porque quando nos ardem grandes superfícies são todas aquelas comunidades que ficam mais pobres”. (leia mais na edição impressa)

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