IPC admite acabar com novo curso da ESTGOH

Curso de Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território não conseguiu atrair alunos suficientes para se manter em Oliveira do Hospital.

O Instituto Politécnico de Coimbra admite acabar com a recém criada licenciatura em Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH). Numa carta enviada aos escassos seis alunos matriculados no novo curso, a direção do IPC dá o prazo de dez dias para os “caloiros” se pronunciarem sobre uma eventual “recolocação institucional”, uma vez que assume não estarem reunidas as condições para manter este curso em funcionamento na escola superior de Oliveira.

Uma decisão que se prende com a pouca atratividade relevada pelo novo curso nas três fases do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, onde esta licenciatura ficou muito aquém das expectativas, com apenas três candidatos que, mesmo assim, não terão chegado a efetivar a matrícula. Ou seja, os seis alunos que frequentam neste momento o curso foram angariados por via do Concurso de Acesso para Maiores de 23.

Poucos meses depois de ter “esvaziado” o curso de administração e marketing da ESTGOH, que foi deslocada para o ISCAC, em Coimbra, o IPC volta assim a surpreender a comunidade educativa oliveirense, ao preparar-se para fechar a nova licenciatura, que entretanto tinha sido uma das fortes apostas da atual direção da ESTGOH, liderada pelo arquiteto Carlos Veiga. Na carta dirigida aos alunos, o IPC convida agora os seis alunos de DROT a mudarem de curso dentro do próprio IPC ou, em alternativa, para outra instituição de ensino superior, caso seja aceite a sua transferência.

Fonte ligada aos estudantes citada por um diário digital de Oliveira do Hospital lamenta, todavia, as alterações propostas, dizendo mesmo que a confirmar-se serão mais “um degrau no esvaziamento da ESTGOH”. Inconformados com a sua eventual recolocação noutro curso ou escola, criticam ainda o facto do IPC estar a desviar os alunos para Coimbra, quando deveria fazer o “contrário”. Criticas que se estendem à própria direção da ESTGOH, a quem apontam o dedo por nada ter feito para divulgar a nova oferta formativa da escola, e de com isso não ter conseguido atrair mais alunos. Aliás, os estudantes estranham mesmo que os representantes máximos da ESTGOH – o seu presidente e o presidente da Associação Académica – não reajam face aquilo que tem sido o permanente ataque a instituição de ensino superior.

Exit mobile version