Líder do CDS/PP visitou empresas atingidas em Oliveira do Hospital

Assunção Cristas defende Unidade de Missão para recuperação do tecido económico dos concelhos afetados pelos incêndios e entende que os 100 milhões já anunciados pelo Governo são “uma gota”.

A líder do CDS/PP, Assunção Cristas, defendeu em Oliveira do Hospital a criação de uma Unidade de Missão para a Reconstrução do tecido económico das áreas afetadas pelos trágicos incêndios do passado dia 15 e entende que os 100 milhões já anunciados pelo Governo para apoiar as empresas são “uma gota”.

Assunção Cristas falava aos jornalistas durante uma visita à Zona Industrial de Oliveira do Hospital, onde teve oportunidade de ver com os seus próprios olhos o cenário de devastação que atingiu várias empresas ali localizadas, como é o caso da J. Guerra, cujos prejuízos estão estimados em cerca de 15 milhões.

Um drama relatado por um dos proprietários, Paulo Guerra, que ainda assim não desiste, juntamente com o irmão, Cláudio Guerra, de reerguer a empresa e dar continuidade ao negócio criado pelo pai, há cerca de 50 anos. “A nossa vontade é manter o nome, o know how, os postos de trabalho, mas a recuperação vai demorar no mínimo entre um ano e meio a dois anos”, afirmou o empresário, garantindo que “se houver um forte apoio (do Estado) somos os primeiros a avançar”.

Forçados a “perder” a ligação aos seus clientes nos próximos tempos, esta empresa líder de mercado nas áreas da sirgaria e passamanaria, espera retomar a laboração o mais depressa possível, assim os apoios prometidos cheguem ao terreno.

Ali mesmo ao lado, a Carpintaria “Gouveia e Costa” e Construtora “Gouveia e Filho” que, na fatídica noite de 15 de outubro ficaram reduzidas a escombros, foi outra das empresas visitadas pela líder do CDS, que teve oportunidade de ouvir dos seus gerentes “um grito de ajuda” para que os apoios à recuperação cheguem com a celeridade que se impõe.

Em causa estão mais de 30 anos de trabalho de duas empresas com cerca de 20 trabalhadores que partem agora do “menos um”, como fez notar um dos sócios, Jorge Gouveia. “Precisamos que nos ajudem, eu costumo dizer que vivemos aqui atrás das pedras porque ninguém se lembra de nós, e nós não podemos ser esquecidos, precisamos das pessoas ao lado de nós”, apelou, num tom de desespero, depois da tragédia que atingiu a empresa de família.

Assunção Cristas mostrou-se disponível para acolher as preocupações dos empresários, considerando também ela urgente que os apoios ao tecido económico, já anunciados pelo Governo, embora “muito poucos”, sejam colocados no imediato terreno.

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