Ministério da Educação acaba com marketing na ESTGOH

Curso mais procurado da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital fica sem vagas já no próximo ano letivo.

No espaço de dois anos é o segundo curso que é “esvaziado” na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital.

De acordo com a informação disponível desde no site da Direção Geral do Ensino Superior, a licenciatura em Administração e Marketing já não abre qualquer vaga para o próximo ano letivo, apesar de ser um dos cursos com mais procura na ESTGOH.

O fecho do curso de Marketing é ainda assim “substituído” pela abertura de um novo curso na área do desenvolvimento regional e ordenamento do território.

Uma decisão que, segundo apurámos, não terá agradado ao presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, que ainda há dois anos travou uma dura batalha com o Instituto Politécnico de Coimbra, quando este decidiu acabar com o curso de engenharia civil em Oliveira do Hospital.

Na altura, as relações entre Alexandrino e o presidente do IPC chegaram mesmo a extremar-se, com o autarca a acusar Rui Antunes de querer ditar o fim da ESTGOH para servir interesses das escolas de Coimbra. Refira-se que um dos argumentos para o encerramento do curso de engenharia civil residia no facto do IPC não querer uma duplicação da oferta formativa, uma vez que existia um curso “concorrente” em Coimbra, no ISEC. Surpreendentemente o mesmo argumento parece não ter sido válido com o curso de marketing, que não existia em mais nenhuma escola do IPC a não ser na ESTGOH, acabando agora a criado um semelhante no ISCAC.

Presidente do Politécnico assume opções tomadas, considerando que, apesar de “condicionadas”, são as melhores para o IPC e para a ESTGOH

A “culpa” não é do Ministério da Educação e Ciência (MEC), mas a tutela «condicionou» as opções do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) que, assume o presidente, «decidiu» anular o curso de Marketing que funcionava na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH).

Uma explicação que o presidente do IPC deu ao Diário de Coimbra, na sequência de uma tomada de posição do gabinete do ministro da Educação e Ciência, onde é afirmado «que a competência para a fixação de vagas nos cursos é das instituições de ensino superior e não do Ministério da Educação e Ciência». É assim, todavia há um “mas”, refere Rui Antunes e este “mas” prende-se com o facto de o IPC ter proposto à tutela, no quadro de exceção previstas, a abertura, no próximo ano letivo, de três novas licenciaturas. Trata-se, esclarece, dos cursos de Marketing e Negócios Internacionais, proposto para o ISCAC, Desenvolvimento Regional e Ordenamento do Território, para a ESTGOH, e Engenharia Química para o ISEC.

Três novos cursos, a somar aos 44 existentes nas escolas do IPC, que o Politécnico propôs ao abrigo do «regime de exceção». Todavia, «o Ministério só reconheceu o curso de Marketing do ISCAC, neste registo de exceção», facto que, confessa Rui Antunes, «condicionou» as opções do IPC, acabando por ditar uma quase “moeda de troca” relativamente à ESTGOH. «A partir do momento em que temos um curso de Marketing aprovado para o ISCAC, não faz sentido funcionar um curso de Marketing na ESTGOH», refere o responsável do IPC, considerando que foi este “balizamento” que levou o Politécnico a decidir pela anulação do curso na escola de Oliveira. (leia mais na edição impressa)

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