Obras de saneamento na origem dos atrasos das obras na EN17

Alexandrino garante que a obra está adjudicada e só ainda não começou por causa de um conjunto de trabalhos de água e saneamento que a Câmara vai aproveitar para fazer no troço que vai ser intervencionado.

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital tranquilizou, ontem, a “oposição”, garantindo que a requalificação da Nacional 17 está consignada e só ainda não arrancou devido a um conjunto de obras de água e saneamento, nomeadamente a substituição de condutas, que o Município está a aproveitar para executar, ao longo do troço que vai ser intervencionado.

Na reunião pública do executivo, esta quinta-feira, José Carlos Alexandrino, respondia assim ao PSD, que ainda esta semana, em comunicado, questionava o presidente da Câmara e o Governo sobre os atrasos no arranque das obras na EN17. “Vejo a oposição muito nervosa, porque parece que a obra não se vai fazer. Mas a obra está adjudicada e vai-se fazer”, assegurou o edil que justificou a demora no arranque dos trabalhos, com um conjunto de intervenções na área do saneamento e abastecimento de água que vão ser feitas na “plataforma daquela via”.

Alexandrino referia-se concretamente à substituição de uma conduta de água que “ultimamente tem dado problemas”, entre Vendas de Galizes e Lourosa, e às ligações do saneamento entre a Catraia de S. Paio e a Reta da Salinha, intervenções para as quais tiveram de ser feitos projetos “em tempo record”. “Foi isso de certa forma que atrasou as obras na Nacional 17”, afirmou o edil, que acusou os “mentores” de alguns que agora criticam o seu executivo, nomeadamente o antigo presidente da Câmara, Mário Alves, de esses sim, se ter “esquecido” de resolver alguns problemas gritantes de saneamento e abastecimento de água. “A Quinta da Tapada, às portas da cidade, não tinha água potável”, recordou Alexandrino, lembrando que os seus antecessores do PSD se esqueceram igualmente de resolver problemas de água e saneamento “muito perto da Nacional 17”, bem como noutros locais estratégicos, como é o caso da Ponte das Três Entradas que é um dos principais pontos turísticos do concelho.

Apesar de justificar os contratempos, o presidente da Câmara mostrou-se desejoso que as obras na Estrada da Beira “comecem e acabem rapidamente”, adiantando que, por vontade das Infra Estruturas de Portugal, as obras até já tinham começado pelo lado da Póvoa das Quartas. “Nós é que entendemos que como o maior volume de trânsito é daqui para Coimbra, a nossa opção foi começarmos os trabalhos desde o final do IC6” explica, acreditando que estão reunidas as condições para que, durante o mês de maio, as obras possam começar, uma vez que na próxima semana está agendada uma reunião na Câmara Municipal para acertar os últimos detalhes.

Apesar dos atrasos provocados pelos projetos de água e saneamento que foram incluídos à última hora na empreitada de beneficiação da EN17, Alexandrino entende que fica, desta forma, resolvido um problema, até porque, depois da obra feita, “nunca mais podíamos mexer”. Com um custo estimado de 400 mil euros, estas obras vão custar menos aos cofres do Município, uma vez que são as Infra Estruturas de Portugal a pagar o alcatroamento da via, o que não acontecia se não houvesse requalificação.

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