“Quisemos fazer uma festa à dimensão das nossas possibilidades”

Tábua abre hoje as portas a mais uma edição da FACIT, oferecendo a maior exposição de sempre em termos de empresas participantes

Este ano decidiram alterar a data da FACIT, realizando-a pela primeira vez na primeira semana de julho. A que é que se deve esta mudança?

A razão da alteração e a nossa estratégia foi no sentido de tentar atrair mais pessoas à feira. Primeiro porque no início de julho já há muitas pessoas que estão de férias, e depois porque sabemos que o início do mês é sempre melhor em termos de poder de compra das famílias. As pessoas já receberam o seu salário, muitos já receberam o subsídio de férias, e quando estamos a falar de uma iniciativa com cinco dias, em que há que levar a família aos espetáculos, sabemos que isso pesa no orçamento familiar. É uma aposta que já tínhamos anunciado o ano passado, também porque sentimos que as noites em junho são ainda muito frias. Tivemos aí noites em que as pessoas tinham que assistir aos espetáculos dentro do pavilhão porque não se podia estar na rua. E, nesse aspeto, esperamos que este ano corra bem.

Na apresentação do certame fez questão também de dizer que estava confirmado o maior número de sempre de expositores participantes para a edição deste ano. A que é que se deve essa procura?

Esse acréscimo da procura é uma realidade, é verdade que tivemos de excluir muita gente, que não tivemos possibilidades de aceitar as suas inscrições. Isto deve-se essencialmente ao sucesso das duas últimas edições, em particular, à última edição, que em termos de público colheu opiniões muito positivas, assim como dos expositores. A nota que nos deram no final foi muito positiva, que os negócios tinham corrido muito bem, por isso, vamos tendo mais projeção, vamos crescendo. Mesmo na restauração tivemos de excluir um candidato que já não tínhamos espaço, quando o ano passado tínhamos ficado com um espaço vazio. Este ano apareceram mais empresas da restauração e empresas que nos garantem que aquele espaço vai ter uma oferta de qualidade.

Acha que esta procura está relacionada com aquilo que tem sido uma das suas maiores bandeiras políticas que tem a ver com apoio ao investidor e ao investimento no concelho?

Sim, isso é também uma consequência. Obviamente se temos mais empresas, temos mais pessoas, temos mais gente a fixar-se no nosso concelho, e Tábua está a colher esses proveitos. Começa também a notar-se uma nova dinâmica no comércio local, as coisas estão a mudar a este nível e a minha expetativa é que a feira vai ser muito boa, e vai ser um palco de negócios para as pessoas que vão lá expor os seus produtos/serviços. Se não fosse assim, aqueles que estiveram em edições anteriores não tinham mostrado interesse em participar e todos eles fizeram questão de se inscrever com antecipação, de modo a garantir o seu lugar, e muitos com mais stands do que aquilo que era habitual.

Espera que este número recorde de expositores, possa também ser correspondido em termos de público?

Sim, sem dúvida. Também temos um bom cartaz, muito virado para as festas populares, até porque estamos na época delas. Tivemos de nos adaptar ao nosso público, porque o nosso público gosta de iniciativas de cariz popular, temos bons artistas também como o José Cid que, com certeza nos irão trazer a Tábua muitos visitantes. De qualquer modo, estou convencido que o cartaz é abrangente e suficientemente atrativo para chamar a Tábua muitos fãs e muita gente da região.

Não apostaram em grandes nomes ou bandas de nível nacional…

Nós quisemos fazer uma festa à dimensão das nossas possibilidades. Eu prefiro fazer obras do que fazer uma grande festa e não ter dinheiro para fazer obras. E os tabuenses também estão satisfeitos com aquilo que está a acontecer na nossa vila e zona envolvente, porque estamos a investir na regeneração urbana, estamos a investir no saneamento, vamos lançar agora a construção de sete novas ETAR´s, e portanto, eu prefiro apostar nisso, do que estar a apostar em pagar muito dinheiro a artistas, que depois nos faz falta para custear esses investimentos. Entendemos que o cartaz é adequado à nossa realidade, aos nossos visitantes, é um cartaz que denota o nosso rigor sem deixar de ser atrativo.

Quem visitar esta FACIT já se vai deparar com algumas mudanças na imagem da própria vila …

Sem dúvida. Isso para nós é deveras importante, na medida em que era uma obra ansiada há muitos anos pelos tabuenses. É uma obra que dá mais qualidade de vida às pessoas, mais segurança, mais condições de mobilidade, e se hoje já se vê muita gente a passear à noite, com esta requalificação vamos com certeza ver ainda mais, porque as pessoas manifestam a sua satisfação por aquilo que está a ser feito. Muitas vezes quando começamos as obras, as críticas são muitas, mas temos de avançar sem hesitar, de modo a que rapidamente se resolvam as situações. Temos noção do desconforto que causámos às pessoas, nomeadamente aos comerciantes, mas temos a registar que conseguimos fazer esta obra com muita rapidez e que, se no início do ano fizemos uma feira do queijo, com a vila toda em obras, e não deixou de ser um sucesso, penso que agora as pessoas também não se vão inibir de vir até ao multiusos, até porque os trabalhos estão bastante adiantados, e dentro de uns mesitos a nossa vila estará mais bonita, mais verde e mais acessível, e portanto com outra qualidade de vida.

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