Vereadores do PSD criticam cartaz da FACIT

Oposição defende menos gastos com artistas e mais investimento na componente empresarial.

Os vereadores da oposição na Câmara municipal de Tábua criticaram o valor alegadamente elevado que a autarquia vai despender com os artistas convidados para a edição deste ano da FACIT – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Tábua, que tem lugar no final deste mês.

“A divulgação acaba por ser mais dos artistas do que das pessoas e dos empresários de Tábua que investem para participar neste certame” afirmou a vereadora eleita pela coligação PSD/CDS, Maria do Rosário, entendendo que o tipo de pessoas que vem à procura “desse entretenimento” não é o público que “é importante para o desenvolvimento do concelho”. A vereadora levantou ainda dúvidas quanto à duração da feira, e ao número de dias por que esta se prolonga, dizendo não ver “o benefício correspondente para os participantes”.

Apesar de considerar a FACIT de “evidente interesse” para o concelho,  também o vereador da oposição, Nuno Abranches Pinto, fez notar o facto de “sobressair mais o papel recreativo e cultural do evento do que propriamente o económico”.”Parece -me razoável reforçar estratégias que apelem à dinâmica do setor económico e atenuar a importância da componente mais lúdica que tem que haver senão aquilo fica um deserto”, advogou o vereador do PSD, defendendo também menos investimento em bandas e mais na promoção do tecido económico concelhio.

Opinião bem diferente tem o executivo camarário que até deu o exemplo da Feira de S. Mateus em Viseu, em que “80% das pessoas que vão a esta feira vão comer farturas, vão comer uns franguinhos e ver os espetáculos”, e cada vez menos para ver os expositores. O presidente, Mário Loureiro, lembra todavia que já na edição do ano passado o executivo apostou em iniciativas viradas para o tecido empresarial através da realização de Workshops dinamizados pelo IAPMEI e “os empresários não aderiram a este evento”. Com um orçamento equilibrado para a edição de 2014, o edil considera que “não há iniciativas sem custos”, entendendo que “ou fazemos um evento com alguma dignidade ou vale mais não fazermos”.

Mário loureiro garante apesar de tudo que as anteriores edições mostraram que o balanço para as empresas tem sido positivo, havendo mesmo alguns expositores que se mostraram “surpreendidos com o volume de negócios” realizado durante a FACIT.

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