A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, reiterou, ontem, em Oliveira do Hospital, o compromisso do Governo de financiamento do IC6 fora do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Uma semana depois de ter falado sobre esta infraestrutura rodoviária em Arganil, a governante voltou a garantir que o IC6 vai ser realizado com verbas do Orçamento de Estado, uma vez que Bruxelas a excluiu do pacote proposto no PRR, havendo uma resolução do Conselho de Ministros onde a obra foi aprovada, com a calendarização e respetiva fonte de financiamento.
“O procedimento concursal para o IC6 não desapareceu, continua, quem o vai fazer são as Infraestruturas de Portugal, o que nos interessa é que o projeto seja uma realidade, independentemente de ser financiado pelo PRR ou por outra fonte de financiamento”, assegurou, reafirmando o compromisso de executar o IC6, agora com as receitas do concurso do 5G.
“Os próprios orçamentos de Estado verterão essa resolução do Conselho de Ministros, e como já referi tem um calendário e fonte de financiamento plurianual, ou seja, significa que as Infraestruturas de Portugal não precisarão de ter autorização das Finanças todos os anos para continuar a executar a obra” explicou a governante, lembrando que este “é um compromisso do Primeiro Ministro e do Governo de continuar com a obra”.
“A obra continua, aliás os trabalhos que se iniciaram, continuam, nada parou, o que mudou foi a fonte de financiamento”, reiterou a Ministra da Coesão, explicando que Bruxelas “achou exagerado o pacote de estradas que estavam no PRR e as questões sobre aquelas que lhe pareciam mais complexas e que poderiam não estar concluídas até 2025/26”, que é o caso do IC6, que “é uma obra complexa”, cujo prazo de execução ultrapassa os prazos de execução do PRR.
Mas “isto só nos obriga a acelerar mais a obra, para mostrar que a obra não perdeu qualquer prioridade”, deixou claro, Ana Abrunhosa, que ainda na semana passada tinha lembrado a luta de “anos e anos” do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, pela concretização do IC6 que “é uma via de competitividade e de coesão”.