Câmara avança com obras em prédio emblemático em risco de ruir

Imóvel situado no centro da cidade começa a pôr em causa segurança pública.

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital vai avançar com a reabilitação de um dos imóveis emblemáticos do centro da cidade, onde funciona, no rés do chão, um dos cafés mais conhecidos dos oliveirenses, e outros dois estabelecimentos comerciais, tendo em conta o risco que existe de desabamento sobretudo ao nível do telhado. A situação já se arrasta há vários anos, com a autarquia a notificar os proprietários para procederem a obras de conservação no edifício, mas sem qualquer sucesso, uma vez que os vários herdeiros não se entendem, tendo deixado chegar o imóvel a um estado avançado de degradação.
Devido às condições climatéricas que se têm feito sentir este inverno, a estrutura do imóvel parece também ter sido fortemente abalada, encontrando-se em risco de ruir, o que coloca em perigo a própria segurança pública, ainda mais tratando-se de uma das zonas mais movimentadas da cidade. Tendo em conta o acentuado estado de degradação do imóvel, e o desentendimento familiar que tem impedido qualquer tipo de intervenção no mesmo, o presidente do executivo, José Carlos Alexandrino, garante que a Câmara se vai “substituir” aos próprios herdeiros e executar os trabalhos de requalificação do edifício, que está transformado há vários anos num dos piores “mamarrachos” da cidade, denegrindo a paisagem urbana da zona central de Oliveira. “Vamos intervir, lançar a obra e pedir o pagamentos dos trabalhos”, anunciou recentemente o autarca, que argumenta, aliás, não ter outra alternativa face à ausência de resposta por parte dos proprietários, relativamente às notificações enviadas pela Câmara Municipal a alertar para a necessidade de fazerem obras no prédio. “São um conjunto de herdeiros e não têm respondido”, confirma o edil, que preocupado com a segurança das pessoas e carros que ali circulam diariamente, decide pôr um ponto final no problema e avançar com a intervenção no imóvel, preparando-se para apresentar depois a conta aos herdeiros, que se entretanto recusarem o pagamento dos trabalhos terão de discutir o caso em tribunal.
Uma decisão que agrada ao presidente da Junta de Freguesia, Nuno Oliveira, para quem este edifício, tendo em conta a sua localização, até “já deveria ter tido outra atenção”. O autarca não deixa de lamentar que o prédio em causa se encontre há “demasiado tempo” num estado decadente, provocando um mau aspeto no “coração” da cidade.

Exit mobile version