Com o S. Pedro a ajudar, Meruge transformou-se, este domingo, na capital do porco e do enchido, naquela que foi mais uma edição do tradicional certame que tem lugar todos anos, por esta altura, naquela “terra de porqueiros”.
Milhares de pessoas, segundo a organização, terão passado ao longo do dia de ontem pelo recinto “natural” feira – a laje grande – confirmando uma vez mais a qualidade deste evento que de ano para ano tem vindo a aumentar o número de visitantes. “Penso que este ano o número de visitantes atingiu mesmo o recorde e que superámos todas as outras edições”, fez notar o presidente da Junta de Freguesia, Aníbal Correia, para quem a afluência registada ano após ano é a prova de que “este evento tem a sua marca própria e que já se conseguiu afirmar” dentro e fora de portas do concelho.
Com dois atrativos de peso: iguarias gastronómicas à base de carne de porco e animação de rua, a organização da feira apostou este ano em novos e diferentes espaços lúdicos, nomeadamente a pensar nos mais novos e nas famílias. “Fizemos isto com o objetivo de captar mais famílias e foi uma aposta conseguida”, garante Aníbal Correia, que destaca as alterações feitas no recinto de modo a “distribuir mais os visitantes pela feira”. “Se não fizéssemos isso criávamos aqui alguns constrangimentos”, referiu o autarca, visivelmente satisfeito com a “procura” do certame.
“As pessoas vêm pelos nossos produtos locais de qualidade, mas vêm também pela animação de qualidade que encontram”, considera o presidente da Junta, fazendo um balanço positivo deste certame lançado há precisamente 14 anos para promover e valorizar uma tradição ancestral ligada à produção de enchidos e venda de carne de porco. “Há pessoas que não entendem que deixamos, muitas vezes, de fazer obra física para investir neste evento, mas estamos conscientes de que estamos a fazer o melhor pela nossa Freguesia” defende o autarca, acreditando que este certame ajudou a recuperar uma “arte” que estava em declínio na freguesia, contribuindo assim de forma positiva para a pequena economia local.