Oliveira do Hospital contra exclusão de rodovias da região da lista de prioridades

A Câmara de Oliveira do Hospital defendeu que IC6, IC7 e IC37 “são obras prioritárias” para a região e contestou a sua exclusão pelo grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, disse que as autarquias de Oliveira do Hospital, Seia e Gouveia “repudiam o relatório” que o grupo de trabalho entregou esta semana ao Governo.

“Tenho algumas dúvidas que esta comissão, nomeada pelo Governo, seja isenta e tenha sequer feito um trabalho independente”, adiantou, anunciando que os presidentes dos três municípios vão pedir audiências aos diferentes partidos com assento na Assembleia da República.

Lamentando o facto de a construção dos itinerários complementares IC6, IC7 e IC 37 não ter sido “considerada como prioritária até 2020” no relatório do grupo de trabalho, o autarca de Oliveira do Hospital realçou que “o deslizamento do investimento continua a ir todo para o litoral” do país.

“É chegada a hora de encetar um conjunto de lutas por uma região que continua a ser esquecida. Isto já não vai lá com boas palavras”, referiu.

Independente eleito em listas do PS, José Carlos Alexandrino deu o exemplo do IC6, cuja construção foi interrompida, e disse que “os governos do PSD nunca fizeram um quilómetro” deste itinerário complementar, “que está encravado no meio de um pinhal”, entre Tábua e Oliveira do Hospital.

“Mais uma vez, com estas opções políticas, o Governo quer fechar o interior”, acusou.

“Também já solicitei uma reunião com o secretário-geral do PS, António José Seguro, porque o PS não pode nunca dar o acordo às obras que a comissão considera como prioritárias, esquecendo-se que há um interior cada vez mais votado ao abandono”, acrescentou.

Segundo José Carlos Alexandrino, “o país não se pode dar ao luxo de desperdiçar uma oportunidade de desenvolver esta região do interior”, com recurso a fundos comunitários.

Com o relatório do grupo de trabalho criado pelo Governo, “é dada uma sentença de morte a uma reivindicação de muitos anos e a uma região que ainda anda em estradas do tempo da monarquia”, concluiu.

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