Quatro Lojas do Cidadão abrem no concelho

“Encontrei uma Câmara muito distanciada do tempo”

Obra sem “dar nas vistas” mas que o autarca considera uma pequena “revolução” na forma como os oliveirenses se passaram a relacionar com a autarquia foi o investimento na modernização administrativa dos serviços municipais. 400 mil euros foi quanto custou a criação do novo balcão único, mas os benefícios vão muito para além destes números, atenta o edil. “Encontrei o meu concelho atrasado para cima de 20 anos no setor das águas”, lembra Alexandrino, referindo-se concretamente às faturas que nem sequer eram enviadas para casa dos consumidores.

Na calha estão mais 500 mil euros de investimento para dar continuidade a este trabalho de modernização, tem como objetivo tornar mais ágil a relação com os munícipes. “A Câmara estava muito fechada”, constata Alexandrino, que esta terça-feira, deverá anunciar a criação de quatro Lojas do Cidadão no concelho, resultado de uma candidatura feita pela autarquia que espelha a “visão” descentralizadora do poder. “Uma ficará na zona norte do concelho e outra na zona sul e as restantes ficarão em duas freguesias com mais densidade populacional”, garante o presidente do Município que, com estes novos balcões espera também ajudar os cidadãos na resolução dos seus problemas, sobretudo depois do encerramento de algumas juntas de freguesia ter ditado o fim do único serviço público de proximidade com as populações.

Uma proximidade que, apesar das contingências, os executivos liderados por José Carlos Alexandrino tem “aprofundado”, nomeadamente, com o protocolo de descentralização de competências com as Juntas de Freguesia. Imagem de “marca” dos seus mandatos, esta medida tem permitido, segundo Alexandrino, uma gestão “mais próxima” das populações, na medida em que deu “carta branca” aos autarcas para decidirem os investimentos e as prioridades nas suas terras, acabando com os presidentes de “chapéu na mão”. “Há quem queira passar a ideia de que Oliveira hoje vive numa ditadura, que as pessoas não podem falar, quem não se dá com a Câmara, eu nunca vi uma aberração tão grande, porque Oliveira nunca teve um clima tão democrático, que o digam as diferentes forças políticas quando preparamos o orçamento, quando discuto com eles os homenageados, que digam qual é o clima entre nós”, desafia o presidente do Município que destaca claramente esta “diferença” em relação aos seus antecessores. “Não fizemos só obra física, temos sobretudo uma perspetiva diferente de governação”, garante o edil, não tendo dúvidas que abriu as portas da Câmara a todos os oliveirenses e aos seus anseios.

Exit mobile version