Requalificação da Estrada da Beira avança finalmente em 2015

Estradas de Portugal investem 3 milhões no troço que atravessa o concelho de Oliveira do Hospital que se encontra há vários anos em muito mau estado.

A Nacional 17, no troço que atravessa o concelho de Oliveira do Hospital até ao limite de Seia, vai finalmente ser arranjada. O investimento de três milhões de euros que estava destinado à requalificação desta estrada já em 2014, deverá arrancar este ano, segundo informou o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, na última reunião do executivo camarário, onde deu nota das principais conclusões de uma reunião com o Conselho de Administração das Estradas de Portugal.

Um encontro que já havia sido pedido há algum tempo e que teve como objetivo chamar a atenção das EP para a necessidade imperiosa de obras na Estrada da Beira, na zona de Oliveira do Hospital, que nos últimos anos, devido ao aumento de tráfego sobretudo de pesados, encontra-se em mau estado, contribuindo também para um agravamento significativo da sinistralidade nesta zona.

De acordo com o edil, as Estradas de Portugal informaram que se encontra a decorrer o concurso para a adjudicação de empreitadas no valor de três milhões de euros, que constavam, de resto, do Plano de Investimentos de Proximidade previstos para 2014, e que nunca chegaram a ser concretizados. “Aquilo que nos dizem é que a obra era para ser realizada em 2014 e que não foi realizada por procedimentos concursais, mas neste momento está a decorrer o concurso de adjudicação e por isso as obras ainda se iniciarão este ano”, garantiu Alexandrino.

Na mesma reunião o autarca deu ainda conta às Estradas de Portugal da necessidade de requalificação da EN230, entre Vendas de Galizes, Ponte das Três Entradas e Alvoco das Várzeas, que se encontra igualmente esburacada, pedindo nomeadamente que a verba que está prevista para a beneficiação da ligação entre Ervedal da Beira e o limite do concelho de Carregal do Sal, na ordem dos 820 mil euros, possa ser “desviada” para aquela via, entendendo o autarca que se trata de uma obra mais prioritária, até por se tratar de uma via “turística” de acesso aos vales do Alva e Alvoco e à própria Serra da Estrela.

O presidente do Município aproveitou também para manifestar a sua preocupação às Estradas de Portugal relativamente ao “corredor de 400 metros” que está previsto no projeto do futuro IC6 que, segundo o edil, está a impedir a expansão urbana em áreas onde era suposto ser autorizado construir de acordo com o novo PDM de Oliveira do Hospital. Alexandrino considera que este corredor “está a prejudicar um conjunto de populações” e deu mesmo o exemplo de Travanca de Lagos, onde está previsto um nó daquele itinerário que está a inviabilizar alguns pedidos de construção.

O autarca entende, sobretudo, que depois do arrastar da aprovação do PDM, que demorou 14 anos a ter luz verde, que as populações não podem esperar pela conclusão do IC6, até porque “mesmo que começasse hoje nem daqui a cinco anos estaria concluído”, afirmou, empenhado em reverter esta situação, uma vez que se trata de um corredor demasiado largo que “não irá ser ocupado” pela futura via rápida. Mais cautelosa, mostrou-se a vereadora do PSD, Cristina Oliveira, esperando que que o licenciamento de algumas construções na zona reservada para o IC6 não constitua um “entrave futuro” à construção desta via.

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