Travanca de Lagos assiste a verdadeiro “baby boom”

Natalidade disparou na freguesia e evitou o encerramento da creche e jardim de infância que chegaram a estar “ameaçadas” com apenas três crianças matriculadas.

A freguesia de Travanca de Lagos tem assistido nos últimos tempos a um autêntico “baby boom”. O aumento da natalidade foi de tal ordem que evitou mesmo o encerramento das valências de creche e jardim de infância do Centro Social de Travanca, que chegaram a estar ameaçadas com apenas três crianças matriculadas.

De três utentes, a IPSS conta desde o início do ano escolar com 10 novas crianças e prepara a entrada, já em janeiro, de mais uma dezena. “Ficamos com lotação esgotada, por assim dizer”, faz notar o presidente daquela instituição particular de solidariedade social, e também presidente da Junta de Freguesia, António Soares, que depois de ter assistido a uma diminuição drástica do número de crianças a frequentar a instituição, vê agora um futuro mais risonho pela frente.

Um fenómeno, que o autarca e dirigente do Centro Social local explica, essencialmente, com a mudança de mentalidade dos casais mais jovens residentes na freguesia, que optaram não só por “ter filhos” independentemente do momento que o país atravessa, mas também porque “depositaram confiança” na instituição. “Este aumento de utentes surge por vários motivos, deve-se ao trabalho aqui desenvolvido e à confiança que as pessoas depositam nesta casa”, mas também à mudança de “mentalidade”, acredita o presidente do Centro Social, julgando que apesar da crise que o país e a Europa atravessam, os casais mais jovens “começam a pensar” que adiar a natalidade não é solução.

“Se começam a pensar nas condições ideais para ter um filho, nunca as têm, quer haja crise, quer não haja”, diz, constatando uma “vontade” em fazer aumentar o número de crianças nas famílias. “É essa mentalidade que se vai alterando que são também fatores que contribuem para este aumento da natalidade”, adianta, considerando que os casais mais novos deixaram de pensar que a única condição para ter um filho é ter dinheiro, e sentem que na freguesia há uma instituição e uma valência que os apoia e que lhes “assegura qualidade” no acolhimento aos seus filhos. “Talvez isto tenha contribuído” ultimamente para o boom de natalidade na freguesia, entende o autarca, que por este andar tem motivos para acreditar no futuro e pensar em novos projetos dirigidos às famílias que com filhos a frequentar a instituição.

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