Travanca de Lagos quer ser “montra da cultura beirã”

Festival “Origens” regressa este fim de semana à freguesia assumindo-se como um “misto” entre tradição e modernidade

É uma festa à moda antiga com certeza, mas com muitos toques de modernidade. Assim se apresenta mais uma edição do Festival “Origens” que abre as portas este fim de semana na Freguesia de Travanca de Lagos, uma vez mais pela mão do grupo de jovens da Liga de Melhoramentos local.

Com sede acabada de inaugurar, a edição deste ano do Festival promete ter ainda outro “élan”, estando previstas iniciativas de sexta a domingo em vários locais da freguesia, dirigidas a diferentes públicos, apelando, por isso mesmo, ao convite a uma visita não só das gentes do concelho, mas também de toda a região. Dos jogos tradicionais, à gastronomia, passando por várias mostras do mundo rural, este Festival prima essencialmente pela animação musical, havendo, nesta área, música para todos os gostos.

A grande novidade é a atuação do Dj Luis Peixoto, que já começa a ser uma presença habitual em festivais internacionais, apostando na mistura do Folk com a música eletrónica, mas há ainda propostas sonoras mais “tradicionais” com a atuação de diversos grupos culturais e folclóricos do concelho.

De regresso às “origens” nada melhor que iniciar este festival com uma instalação sonora num antigo lagar de azeite da freguesia, que pretende atrair novos públicos a este espaço, e ainda com uma exposição fotográfica, da autoria do jovem da “casa” e operador de câmara, Tiago Cerveira. Para sábado estão também previstas várias atividades, com destaque para o passeio de pasteleiras, que tem também como objetivo mostrar algumas das belezas naturais e arquitetónicas da freguesia. “Será um percurso simples de fazer”, assegura o presidente da Liga da Melhoramentos, que destaca ainda a realização de vários jogos tradicionais, até porque foi com “isto que tudo começou, e agora estamos a crescer aos bocadinhos”.

Tiago Cerveira garante que a ideia deste festival “é fugir sempre da rotina”, proporcionando ao público experiências do passado, dando-lhe ao mesmo tempo uma visão e uma marca contemporânea. “Queremos marcar um pouco a diferença em relação a outros festivais do género, seja pelas várias faixas etárias que queremos abranger, seja pela dinâmica que queremos criar em torno disto”, afirmou o dirigente, lançando o convite a uma visita aquela que pretende ser, durante três dias, “uma montra da cultura beirã”.

Também o vereador do associativismo, Nuno Ribeiro, elogiou a “grande capacidade de iniciativa e de inovar” desta jovem coletividade que, em poucos anos, conseguiu criar e afirmar uma “marca” para Travanca através deste Festival. “Tudo isto é importante porque tem também um grande cariz educativo no sentido de ensinarmos aos nossos jovens aquilo que foi o passado e as nossas tradições”, referiu ainda o autarca.

Já a vereadora Graça Silva, com o pelouro da cultura, disse não ter dúvidas de que este Festival “é uma marca que se está a evidenciar a projetar cada vez melhor”, assinalando a “grande preocupação” da organização em fazer um programa “transversal” a todo o tipo de público. “Cada vez se nota mais isso chamando até vós parceiros locais”, afirmou, referindo-se à “presença” da ADI e da OhsXXI que, cada uma, na sua área de atuação, vão também ajudar a dinamizar este Festival, que vai fazer com que Travanca recue às “Origens”, no próximo fim de semana, e ao mesmo tempo, se projete no futuro, aliando a tradição e ruralidade a uma certa originalidade e irreverência.

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