Uma funcionária da Conservatória de Oliveira do Hospital está a ser alvo de inquérito, encontrando-se suspensa do serviço há várias semanas, por alegado abuso de funções.
A funcionária em causa, é uma das mais antigas deste serviço, tendo a categoria de segunda ajudante da Conservatória do Registo Predial, e encontra-se a ser investigada pelo Instituto Nacional de Registos e Notariado pelo alegado recebimento indevido de uma quantia não apurada em dinheiro por parte dos utentes desta conservatória a quem tratava de assuntos relacionados com registos.
Fonte próxima do processo adiantou ao nosso jornal que a denúncia do alegado abuso de funções por parte desta funcionária terá partido, nalguns casos, dos próprios utentes, que “comentavam” o facto desta solicitar o pagamento “à cabeça” dos processos, cobrando, alegadamente, dinheiro a mais pelos serviços prestados no âmbito das suas funções enquanto ajudante da conservatória. A mesma fonte adiantou ao nosso jornal que terá sido uma prática continuada, mas isolada, não envolvendo mais nenhum funcionário deste serviço.
As suspeições que recaiam sobre esta funcionária levaram o INRN a enviar um inspetor durante dois meses para Oliveira do Hospital que, terá passado a pente fino todos os processos em que a funcionária eventualmente terá estado envolvida, tendo encontrado, ao que apurámos, matéria que comprometia o exercício das suas funções, pelo que foi decidido a instauração de um processo disciplinar e o seu afastamento do serviço por um período de três meses.
A funcionária, residente no concelho, é suspeita de receber quantias em dinheiro dos utentes superiores ao custo real dos emolumentos devidos pela prestação de serviços por esta Conservatória, entidade sobre a qual não recai, contudo, qualquer suspeita, tendo laborado sempre de acordo com a lei, assim como todos os demais funcionários que integram o quadro de pessoal daquela conservatória.