O Partido Socialista de Oliveira do Hospital deu ontem o tiro de partida para as próximas eleições autárquicas no concelho, ao ser a primeira força política a anunciar os cabeças de lista à Câmara e Assembleia Municipal.
José Francisco Rolo e José Carlos Alexandrino foram, por enquanto, os dois únicos nomes avançados pela Concelhia, numa conferência de imprensa na sede do partido, onde o líder, Carlos Maia, começou por justificar a saída de cena da atual presidente da Assembleia Municipal, Dulce Pássaro. “A engenheira Dulce Pássaro não faz questão de continuar a ser candidata, não houve qualquer problema com a engenheira Dulce, mas ela invocou razões de ordem pessoal e até de índole profissional para não continuar” explicou, desde logo, o presidente da Comissão Política Concelhia, que sublinhou o enorme contributo que a presidente da Assembleia Municipal deu ao concelho, na forma “exigente, isenta e disciplinada” como desempenhou as suas funções, “prestigiando o concelho e o PS”.
Sai Dulce Pássaro, mas entra no entender do líder local do PS, “outra grande figura do concelho: o professor José Carlos Alexandrino”, que entretanto cumpre o último mandato à frente dos destinos do Município de Oliveira do Hospital. “José Carlos Alexandrino identifica-se com este projeto autárquico e foi de bom grado que aceitou e se disponibilizou para ser candidato nas próximas autárquicas”, garantiu Carlos Maia, notando que o atual presidente da Câmara “dispensa de grandes apresentações e de grandes considerações, porque sabemos do que ele é capaz”. “Os oliveirenses conhecem o seu trabalho, a sua ambição e toda a visão de desenvolvimento que tem tido para o concelho”, referiu, adiantando que “Alexandrino faz questão de continuar a contribuir para este projeto”.
Figura sobejamente conhecida dentro e fora do do PS é também o cabeça de lista à Câmara Municipal e atual vice presidente do executivo camarário, José Francisco Rolo. “Toda a gente sabe o passado do Dr. Francisco Rolo, falar dele não é difícil atendendo ao conhecimento que ele tem de todo o concelho, conhece na perfeição quais as necessidades de cada freguesia”, lembrou Carlos Maia, mostrando-se satisfeito pelas escolhas do partido, que devido à pandemia ainda não conseguiu reunir presencialmente a Comissão Política para a ratificação dos dois nomes aprovados, em unanimidade, apenas pelo Secretariado do PS.
“Falámos pessoalmente com todos os membros da Comissão Política que iríamos apresentar estes dois nomes e tenho o sentir de toda a Comissão Política que está com estes dois candidatos”, clarificou, todavia, classificando de “mentiras” e “tentativas de destabilização” algumas notícias vindas a público de que o PS estaria “ao rubro” e desavindo relativamente à escolha de José Francisco Rolo como cabeça de lista. “É tudo mentira e especulação”, frisou Carlos Maia, que disse andar “há mais de um ano a ouvir as pessoas e a falar com muita gente e o que me chegou tinha a ver com a escolha do Francisco Rolo. Não tive dúvidas nenhumas em propor que o melhor candidato seria o José Francisco Rolo”.
“Mentiras são mentiras e o PS nunca esteve desunido, o PS está alinhado com estes dois nomes”, reiterou , ainda, Maia, que não se mostrou preocupado com os adversários do PSD e a previsível candidatura do antigo homem da confiança política de José Carlos Alexandrino, Francisco Rodrigues, pelos social democratas.
“O Francisco Rodrigues não é mais que um funcionário da Câmara Municipal, não é um político e contrariamente aquilo que se quer fazer passar que foi ele o grande responsável por captar financiamentos para este concelho, isso é uma pura mentira. É bom que fique claro que ele apenas elaborava as candidaturas, quem criava a visão de desenvolvimento e quem se preocupava na busca de financiamentos comunitários foi sempre o presidente da Câmara”, afirmou Maia, traçando como objetivo para o PS de Oliveira do Hospital renovar a maioria absoluta nas próximas eleições autárquicas.