Festa das Caldas de S. Paulo juntou família social democrata de Oliveira do Hospital, mas faltaram ainda muitos “notáveis” locais.
O presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Oliveira do Hospital, João Brito, confirmou, este domingo, na tradicional festa do partido nas Caldas de S. Paulo, existirem “conversações” com o CDS/PP com vista a uma coligação nas próximas eleições autárquicas no concelho.
Num convívio onde marcaram falta ainda muitos “pesos pesados” do PSD local, mas onde foi notada a presença do ex presidente da Câmara, Mário Alves, e dos líderes concelhio e distrital do CDS, Nuno Alves e Luís Lagos, o presidente da Concelhia laranja admitiu que “tudo é possível” nas eleições do próximo ano, inclusive uma coligação com os centristas que são, desde há muito, “parceiros de política”. “Não é um sim, nem é um nim, tudo é possível, se houver condições com certeza que haverá coligação”, afirmou João Brito, não escondendo as “conversações” mantidas nos últimos tempos com os líderes locais do CDS com vista à concretização desse cenário em Oliveira do Hospital. “É normal que as pessoas e os partidos falem e delineei a estratégia que os leve à vitória, porque estamos numa fase de preparar listas”, afirmou, em declarações aos jornalistas à margem do discurso que preparou aos militantes e simpatizantes ali presentes.
Sem adiantar nomes de possíveis candidatos às próximas autárquicas, tencionando fazê-lo só mesmo no final do ano, João Brito, congratulou-se também com o regresso do antigo autarca do PSD, Mário Alves, às atividades do partido, admitindo mesmo que a sua presença “dá mais força” e “confiança” a quem tem agora a responsabilidade de guiar o PSD local. Já no que toca a uma possível candidatura do ex autarca, Brito garante estar tudo em aberto, já que Alves “é uma pessoa na qual o PSD se revê no seu trabalho” e que “deixou marcas no concelho que qualquer partido se orgulha”.
Numa intervenção política sem revelações “internas”, João Brito apostou mais nas críticas ao PS e à liderança de José Carlos Alexandrino na Câmara Municipal, que acusou de “custarem” mais de três milhões de euros “a cada mandato”. “No primeiro mandato, tudo serviu para promover a marca de Oliveira do Hospital, quatro anos depois e com 3,5 milhões de euros gastos parece que já nada promove a cidade”, acusou o líder do PSD oliveirense, referindo-se a eventos como o Rali Cidade de Oliveira do Hospital e a Volta a Portugal em Bicicleta que, entretanto, deixaram de se realizar no concelho, restando apenas a Feira do Queijo e a EXPOH, num modelo que considerou “falido” e incapaz de “cativar expositores e público”. “Este ano vai já na sétima edição e conta já com o sétimo fiasco como toda a gente sabe”, observou Brito que questionou ainda o executivo do PS sobre os “resultados económicos da BLC3 para o concelho”, que foi “vendida” aos oliveirenses como uma “incubadora de referência a nível nacional e internacional”. “Em seis anos foram gastos mais de 700 mil euros com a BLC3, ou seja, trouxe apenas mais uma despesa ao concelho quando já deveria ser sustentável”, considerou, criticando a recente contração de um empréstimo de dois milhões de euros para realização de obra nas freguesias e a perspetiva do endividamento continuar a aumentar com o financiamento das obras de requalificação da cidade, no âmbito do PEDU. “Contas feitas, no primeiro mandato o executivo PS gastou 3,5 milhões de euros; no segundo mandato, por aquilo que se vê, vamos ter mais 3 milhões.
É caso para afirmar que este é o preço de ter um executivo socialista: cerca de 3 milhões a cada quatro anos, sem qualquer retorno para os oliveirenses”, acusou, prometendo apresentar, no próximo desafio autárquico, uma pessoa com um perfil “inovador” para liderar o concelho.