Associação Florestal da Beira Serra prevê intervir em 20% da área florestal da região até 2014.
É o maior investimento de sempre na prevenção de incêndios florestais na região da Beira Serra e concelhos circunvizinhos, e está a ser executado pela CAULE – Associação Florestal da Beira Serra que, sete anos depois da criação da primeira ZIF – Zona de Intervenção Florestal, no concelho de Oliveira do Hospital, consegue finalmente avançar com uma intervenção de fundo neste território.
A Associação tem em mãos um dos maiores projetos de prevenção de fogos florestais, abrangendo seis concelhos – Seia, Oliveira do Hospital, Arganil, Tábua Santa Comba Dão e Penacova”, onde estão a ser executados os designados “mosaicos de gestão de combustíveis”. “Trata-se de áreas previamente delimitadas para a realização de limpezas florestais que são escolhidas em função do histórico de incêndios, do coberto vegetal e dos índices de perigosidade”, explica o presidente da direção da CAULE, José Vasco de Campos, realçando o facto deste projeto só ser possível no âmbito do funcionamento das ZIF, já que antes de existirem estes “condomínios florestais” não havia qualquer planeamento desta dimensão.
Cada mosaico abrange uma área de 30 a 40 hectares, e funciona como mais um instrumento de prevenção de incêndios, complementar à rede primária e rede secundária de faixas de gestão de combustíveis, cuja intervenção consiste precisamente na criação de “áreas estruturantes em zonas de alto risco de incêndio”, para fazer parar os fogos ou diminuir-lhes a intensidade. “Não tenho dúvidas que este é um trabalho de prevenção único e sem precedentes no país”, faz notar o dirigente da CAULE, na mesma semana em que teve inicio mais uma época de combate a incêndios florestais, onde curiosamente se ouviram algumas vozes criticas à “regressão” em termos de investimento em ações de prevenção. (leia mais na edição impressa)