Protocolo foi assinado na passada sexta-feira no Ministério da Agricultura.
A Federação Nacional de Associações de Produtores Florestais (FNAPF) foi uma das entidades que subscreveu o protocolo de constituição dos Centros de Competências do Pinheiro Bravo e do Pinheiro Manso, que conta com mais de 30 entidades parceiras a nível nacional, entre universidades, federações de proprietários florestais, indústria ligada à fileira do pinho e Municípios.
A assinatura do protocolo teve lugar no Ministério da Agricultura, e contou com a presença da Ministra Assunção Cristas, que aproveitou a presença dos parceiros neste projeto para destacar alguns exemplos de boas práticas na área da floresta, como é o caso da Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) que, no entender da governante, têm tido um papel positivo na gestão florestal sobretudo em áreas de elevado risco de incêndio.
Tendo em conta a enorme importância económica, social e ambiental da fileira do pinho para Portugal, representando 80% dos empregos do setor florestal, os novos Centros de Competências visam potenciar a cooperação entre os agentes económicos envolvidos na fileira, as entidades do sistema cientifico e a administração pública, assumindo-se como um fórum de congregação e partilha do conhecimento, recursos e competências existentes nas várias entidades de forma a encontrar e implementar soluções para os principais desafios e constrangimentos à sustentabilidade da fileira do Pinho em Portugal.
Como representante dos proprietários e membro fundador dos Centros de Competências, a FNAPF, através do seu presidente, José Vasco Campos, já se congratulou com a sua criação, esperando sobretudo que estes possam contribuir para “criar uma maior proximidade entre os parceiros no âmbito da investigação”, ajudando assim a “valorizar duas espécies fundamentas para o nosso pais e que representam a maior área florestal portuguesa”. Vasco Campos, que lidera uma federação com cerca de 40 associados, lembra que estes Centros de Competências podem ter um papel importante no melhoramento genético para criar variedades com maior resistência a pragas e doenças, como a doença do nemátodo do pinheiro, que afeta atualmente centenas de milhares de árvores (pinheiro bravo) em Portugal, incentivando assim o reforço do investimento na fileira.