Comissão Política Concelhia queixa-se de “perseguição” às iniciativas do partido.
A Comissão Politica Concelhia do PSD de Oliveira do Hospital acusou o executivo camarário do PS de tentativa de silenciamento do partido, na medida em que esta semana terá marcado uma conferência de imprensa, praticamente à mesma hora e sobre o mesmo tema que o partido social democrata. Uma “coincidência” que, de acordo com a direção do PSD local, não passa de mais uma tentativa de “prejudicar” e “silenciar” o PSD em Oliveira do Hospital, que cada vez que tem marcado iniciativas partidárias verifica que há “uma tentativa de boicote permanente” por parte da força política que governa a Câmara Municipal. “Foi assim com as Caldas, foi com a marcha lenta, e agora até com uma conferência de imprensa”, constatou o presidente da Concelhia, António Duarte, condenando de forma veemente a “falta de sentido democrata” deste executivo e os métodos utilizados para aliciar as pessoas e as instituições. “Ao pé destes senhores Mário Alves era um anjinho”, conclui Duarte, que se incompatibilizou com o antigo presidente do Município, acusando-o na altura de deficit democrático na sua governação.
Ora, mudou-se o executivo e para o PSD “o medo” e o estilo “intimidador” ainda saíram mais reforçados, com o “edifício da Câmara Municipal a parecer mais a sede de um partido político ou uma agência de empregos”. “Com este executivo do PS o sistema clientelar funciona na sua plenitude”, acusa Duarte, lamentando também que as instituições concelhias estejam todas ou quase todas “politizadas”. “Há casos locais de chantagem com promessas de emprego, isto são métodos condenáveis que mexem com a sobrevivência das famílias”, denuncia ainda o líder laranja local, num ataque cerrado à governação socialista da Câmara Municipal, e às influências comunistas do presidente da Assembleia Municipal. “Na política não pode valer tudo”, afirmou o presidente da Concelhia do PSD, classificando a situação política do concelho simplesmente “deplorável”, tal é o “aliciamento e intoxicação dos cidadãos”, seja qual for a ocasião. “Não podemos ir a uma simples festa sem termos de suportar um discurso político inflamado do seu presidente da Câmara e do presidente da Assembleia Municipal”, lembrou, a título de exemplo, o líder do PSD oliveirense, para quem “já enjoa tanta política balofa e inconveniente”. “Estamos a assistir a uma política espetáculo com reflexos negativos para o concelho”, afirmou, num crescendo de críticas.
Um registo que se acentuou em relação à recente proposta de agregação de freguesias no concelho, com os sociais democratas a culpabilizarem Alexandrino e António Lopes, de terem tratado a questão da reorganização administrativa das freguesias, de forma “demagógica e populista”. Deixando claro que o PSD nunca foi favorável à lei, António Duarte esclareceu todavia que o partido, a nível local, esteve sempre disponível a discutir e “minorar” os seus impactos, o mesmo já não podendo dizer do executivo e do presidente da Assembleia Municipal que, no seu entender, tudo fizeram para não haver pronúncia, “prejudicando assim as nossas freguesias”. “A sua atitude populista e irresponsável resultou na agregação de 5 freguesias, quando poderiam ter sido exclusivamente 3”, sustentou António Duarte, pensando que em vez de “fait divers”, como a marcha lenta marcada para este sábado, o executivo camarário e o representante máximo da Assembleia Municipal deviam “num gesto de humildade e seriedade reconhecer os seus erros e pedir desculpa às populações afectadas”.