Vitor Neves – Gestor
A opção pelo passadiço, por aquele passadiço, pela invasão do leito da ribeira, parece deixar poucas alternativas a que não se denomine como “monstro”.
Somos Portugal.
Oliveira do Hospital que tanto gostava do Somos Portugal da TVI é, por estes dias, mais um exemplar do somos Portugal na TVI.
Desta vez, a notoriedade desejada não é consequência de variedades! Desta vez, a notoriedade (in)desejada é consequência de realidades – tudo por causa de um açude!
O açude da ribeira ganhou fama… como o açude da asneira!!!
É tudo muito questionável.
Podemos começar pelo racional do projeto, da obra. A justificação da “fruição” de José Francisco Rolo, o atual Presidente do Município do Oliveira do Hospital, cai como a queda da água do açude de Ervedal da beira: rápida e naturalmente.
A opção pelo passadiço, por aquele passadiço, pela invasão do leito da ribeira, parece deixar poucas alternativas a que não se denomine como “monstro”.
Gastar quase meio milhão de euros para aumentar a “fruição” do açude, também é muito discutível a todos os níveis, desde a necessidade e a prioridade até ao retorno, de calculo muito complicado tendo a conta o disparatado do valor.
E como se não bastasse, semanas depois da primeiro Exclusivo, cai no açude um segundo Exclusivo, apresentado por Sandra Felgueiras: uma adjudicação de um trabalho a uma empresa de Carlos Santos Silva! Sim, esse mesmo, o amigo de Sócrates.
A sério? Sim, ainda que a empresa tenha mais de 35 anos de atividade e que o amigo “milionário” do ex-primeiro-ministro não seja quem obriga a empresa, é a mulher, mas…
Oliveira do Hospital não merece estar mergulhado nestas águas tão pouco cristalinas. Em toda esta asneira, mesmo que coberta com o manto da legalidade, sobram perguntas e uma certeza.
Como foi escolhida a empresa de Carlos Santos Silva? Não existia outra opção?
Como é que a cópia do contrato chegou aos jornalistas?
Quem está a patrocinar estas “denúncias”? E o que move quem as faz?
Se não há ilegalidades ou crimes, o objetivo é denunciar o quê e para quê?
Neste açude da asneira, sobra também a tal certeza: é mais uma asneira crucificar na praça mediática José Carlos Alexandrino, o então presidente do município Oliveirense e que agora, além de presidente da assembleia municipal, é deputado da nação. Não existindo prova provada em contrário, Alexandrino não merece que se duvide, por um instante que seja, da sua seriedade e honestidade e também não merece que com isto se manche o seu exercício de prestação de serviço público, em mandatos consecutivos que mereceram o mais amplo reconhecimento democrático de sempre.
É evidente que ninguém gosta de ver Oliveira do Hospital neste somos Portugal, mas Portugal é o que nós somos. Todos.